18 novembro 2006

SEMANAS 7 E 8 / ECS 9 - MARX II
GRUPO E: LUCELE, KELLI E SUELI TERESINHA
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O ENSINO E A EDUCAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA
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No texto, o homem é comparado a uma máquina e, assim como tal, será substituído quando não demonstrar mais a mesma eficiência. Essa eficiência baseia-se somente na produtividade, já que educação e aperfeiçoamento são considerados insignificantes, além de que, quanto menor for a formação profissional exigido, menor será a valorização da mão-de-obra, resumindo-se quase que unicamente à aquisição de mercadorias para a manutenção da vida.
A educação baseia-se nos princípios burgueses, não oferecendo ao povo uma verdadeira educação. Dessa forma, resta ao povo apenas aprender a ler e escrever, substituindo as escolas pelas máquinas das fábricas, aumentado, assim, o trabalho infantil, o qual traz benefícios tanto para a burguesia, quanto para os pais das crianças. Sob esses aspectos, Marx e Engels fazem fortes críticas à burguesia inglesa e ao descaso com a classe trabalhadora, pois quem movimenta o processo de produção não é valorizado, tampouco tem acesso ao ensino superior.
A burguesia queria assegurar às massas o velho espírito conformista, através de uma lei do ensino. Havendo até uma legislação que obrigava certificado escolar para empregar crianças de 10 a 12 anos, no entanto, essa lei não era verdadeiramente cumprida.
Marx salienta que, para o capitalismo, “só é produtivo o trabalhador que produz mais para o capitalista”.
A modernização industrial facilitou os processos produtivos, mas acarretou no abandono do campo e das atividades agrícolas, agravando a situação nas cidades, sendo essas, invadidas por uma grande massa empobrecida e com mão-de-obra excedente.
No contexto, Engels critica as novas bases da “escola do futuro”, idealizada pelo Sr. Dühring, que se considerava um visionário da reforma social. Contudo, essa escola do futuro é a mesma escola prussiana aperfeiçoada, assegurando uma educação formal técnica sem aplicações para práticas futuras, nem primando pela formação de homens completos. Para Marx, a escola não deve ser influenciada pelo governo nem pela igreja.
Após a Guerra Civil da França, o autor cita a Comuna como a responsável pela tentativa de emancipar intelectualmente o povo, mostrando que a classe operária seria capaz de fazer da ciência uma força popular, multiplicando as forças produtivas do país.
Para tanto, Engels defende a sociedade comunista, como uma forma de extinção da diferença de classes e a oposição entre a cidade e o campo. Ele comenta que nessa ordem social comunista as crianças seriam educadas pela sociedade, a qual não contaria mais com a propriedade privada.
Por fim, o texto menciona questões relevantes no Congresso de AIT, onde foi debatido se o ensino deveria ser estatal ou privado, salientado o que haveria de prós e contras em ambos. Também é rememorado a idéia de o ensino promover uma forma politécnica.
Às vezes, em nossa prática diária, nos deparamos com uma sociedade com princípios ultrapassados e que se assemelham aos princípios da sociedade baseada no pensamento burguês, pois muitos pais mantêm seus filhos na escola apenas para o cumprimento de determinadas leis, além de que não valorizam a educação e pensam que “para trabalhar na fábrica não precisam de muito estudo” e que seus filhos “têm que trabalhar para ajudar em casa”. Essa desvalorização do estudo reflete-se no processo de ensino-aprendizagem.
Muitas vezes nos questionamos sobre a falta de interesse e perspectiva de alguns alunos, mas quando vemos a forma como a educação é “tratada” em suas famílias, conseguimos compreender: eles não sentem motivação para estudar e mudar de vida, pois crescem sabendo que suas vidas será a continuação do ciclo vicioso da vida de seus pais e que cursar o ensino superior não está ao seu alcance . Infelizmente, em muitas comunidades carentes a vida difícil e o pouco acesso às informações ainda estão fazendo com que muitas crianças troquem livros e cadernos por instrumentos de trabalho.
Vemos, assim, que as idéias de Marx e Engels ainda fazem parte de nosso cotidiano, pois o tempo passou, mas, em muitos aspectos, a sociedade ainda não superou o pensamento burguês.

Um comentário:

SUELI TERESINHA DASILVA disse...

Lucele li o texto final no blog colaborativo. Gostei do texto, só não sei se foi você ou a Keli quem postou.Também escrevi no meu blog individual sobre nosso trabalho passa lá pra dar uma olhada.Espero que tenha colaborado através do texto que enviei por email pra vocês. Um abraço Sueli